quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Internacional planeja a maior eleição da história do futebol

O Rio Grande do Sul está em clima de eleição. Depois do Grêmio eleger Romildo Bolzan como seu novo presidente para 2015/2016, o Internacional se prepara para aquela que pode ser a maior votação de um clube de futebol em toda a história. Segundo o vice-presidente de futebol Marcelo Medeiros, cerca de 70 mil dos 104 mil sócios colorados estarão aptos a participar do pleito de 13 de dezembro, que definirá a presidência do clube para o próximo biênio e também a renovação de pouco menos da metade do Conselho Deliberativo. Vale lembrar que a participação dos associados ocorre apenas em um eventual segundo turno das eleições, que ficou praticamente garantido com a aprovação do novo estatuto do Inter neste ano. O Colorado atingiu a marca de maior eleição do futebol brasileiro em 2010, quando o pleito que elegeu o atual presidente Giovanni Luigi para seu primeiro mandato teve um total de 16.924 votos. Agora, a busca é pelo recorde mundial. Medeiros lembra que o colégio eleitoral do Inter pode superar o do Barcelona, que teve 57.088 sócios participantes na eleição de Sandro Rossell em 2010. Com tantos votos a serem buscados, a movimentação nos bastidores do clube gaúcho está a todo vapor. Apesar de nenhuma candidatura ter sido oficializada, o que só deve acontecer próximo ao prazo derradeiro do dia 31 de outubro, alguns nomes são dados como certos e aquecem a busca por alianças. Um deles é o do próprio Marcelo Medeiros, possível candidato da situação pelo Movimento Inter Grande (MIG), que tem ocupado a presidência do clube desde a gestão de Fernando Carvalho, em 2002. Medeiros explica que foi um dos nomes indicados pelo MIG, mas que o grupo só vai referendar alguma candidatura no dia 28. Enquanto isso, ele se define como um “candidato a candidato”. Conselheiro do clube há 26 anos e vice-presidente desde 2012, passando para a pasta de futebol neste ano, ele afirma que não se vê mais trabalhando longe do Inter ou da adrenalina do futebol. Outras peças importantes fazem parte do tabuleiro eleitoral no Inter. Uma das principais é o movimento Convergência Colorada (CC), dono de 78 cadeiras no Conselho Deliberativo (pouco mais de 25%), onde é realizada a votação em primeiro turno. O CC ainda estuda se monta alianças com o ex-presidente Vitório Píffero, possível candidato pelo grupo Diretas Sempre, e até mesmo Medeiros, do MIG, ou se lança candidatura própria. A participação dos sócios, que só ocorre em um eventual segundo turno, é vista como trunfo pelos grupos de oposição para desbancar a situação. A reforma estatutária do Inter, que aumentou para 85% dos votos do Conselho o percentual que precisa ser atingido por um candidato para decidir o pleito em primeiro turno, tornou praticamente impossível que a votação não vá para o pátio de associados. Com a possibilidade de quase 70 mil colorados decidirem o futuro do clube, este é um detalhe que conta muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar.

Adenor Bachi, o Tite, voltou ao ADF