Evento ocorreu na noite de segunda, 11 de julho
Produzir arte, propor um reencontro de valores e retomar a sua história artística. Estes são alguns dos objetivos do 11º Festival Internacional de Folclore de Nova Prata que este ano traz como tema uma lenda indígena e o preconceito que os colonizadores criaram em relação aos verdadeiros donos das terras brasileiras. A temática irá resgatar valores herdados das etnias tribais que habitavam o Brasil, sobretudo aqueles relacionados com a harmonia com os elementos naturais e também vinculados à paz na vivência em sociedade. O Festival está programado para ocorrer de 3 a 7 de agosto, no Ginásio Santa Cruz, em Nova Prata.
“Os índios deixaram muitos valores para nossa civilização moderna: eles utilizavam apenas o necessário para sobreviver e mantinham uma atmosfera de respeito e solidariedade para com os seus vizinhos. Queremos refletir sobre isso e avaliar como a rotina da vida moderna nos afasta desses conceitos”, enfatiza Marcelo Nedeff, diretor de cenografia do evento.
Para as entidades envolvidas na realização desse, que já foi considerado o maior evento de folclore do mundo, em 2007, é preciso reconhecer que a arte, a dança e a cultura aproximam as diferentes etnias, municípios, estados e países, independente de sua política, economia ou situação social. “A rotina da vida moderna oprime, estamos sempre apressados, atrasados, restando pouco tempo para interagir pessoalmente. Queremos alertar para esse fato”, afirma Gustavo Bodanese Prates, presidente do Bailado Gaúcho, entidade realizadora.
A posição também foi partilhada por Luciane Bristot, presidente da Câmara de Vereadores de Nova Prata, que também apoia o evento, em conjunto com a Prefeitura Municipal: “É preciso investir em educação, saúde e segurança, todos sabemos, mas também é fundamental apoiar a arte e a cultura para formar cidadãos”, frisou.
O Festival Internacional de Folclore de Nova Prata teve a sua primeira edição em 1998 e foi realizado continuamente até 2007, quando dificuldades de financiamento fizeram com que ele ficasse paralisado até esse ano. Através de um esforço conjunto do Bailado Gaúcho, da Câmara e da Prefeitura Municipal, foi possível atender ao desejo da população regional e retomar o Festival.
A 11ª edição contará com a presença de oito grupos locais e mais quatro internacionais, esses últimos oriundos da Ilha de Páscoa (Chile), Benin (África), Peru e Argentina.
Ingressos poderão ser adquiridos no quiosque montado na praça central de Nova Prata (Praça da Bandeira), ao preço de R$ 7 (cadeira) e R$ 5 (arquibancada). Também estarão disponíveis pacotes a R$ 25 para quem quiser participar das quatro noites.
Além de reunir talentos cênicos, o Festival também irá atrair a realização de três eventos paralelos: Feira de Artesanato Local, Feira do Livro e Semana do Município.
Fotos: Samuel Ramos
Fotos: Samuel Ramos
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