
Quando os 23 pupilos de Felipão se apresentarem na próxima segunda-feira em Teresópolis serão recebidos por um exército de jornalistas nunca visto na história de uma copa do Mundo. A CBF informou a este blog na tarde desta terça-feira que mais de 1.500 jornalistas se credenciaram para acompanhar a caminhada da Seleção Brasileira em sua base de treinamento e concentração, na região serrana do Rio de Janeiro. São 65 jornalistas para cada jogador da seleção. Na Copa da Alemanha, em 2006, o antigo recorde, eram 900 profissionais. Ou 40 para cada jogador. Como a competição é no Brasil, haverá um número maior de brasileiros: 900, contra 600 estrangeiros O número recorde de jornalistas não é a única novidade na cobertura do dia-a-dia da Seleção Brasileira. Pela primeira vez, a estrutura é digna do padrão Fifa. São três megas estruturas montadas em uma área de 3 mil metros quadrados, que vão funcionar 24 horas e com wi-fi gratuito. Todas financiadas pela CBF, a um custo não revelado. São 6 estúdios de TV para as detentoras nacionais dos direitos da Copa, com estacionamento anexo para as unidades móveis e estações de satélites. Uma ampla redação para repórteres e fotógrafos, nos mesmos moldes de um centro de mídia oficial da Fifa. Auditório com capacidade para 600 pessoas, mas que será limitada a 400 nas entrevistas coletivas diárias de técnico e jogadores. E arquibancada, junto ao campo de treino, também com capacidade para 600 pessoas.
Barbearia e lavanderia
Os jornalistas terão à disposicão ainda uma inédita área de convivência, com alimentação, suporte de internet e telefonia, lavanderia, espaço para relaxamento e barbearia. A alta concentração de profissionais de mídia fará com que as regras de relacionamento com os jogadores sejam mais rígidas. “Infelizmente não tem como atender de uma maneira mais flexível toda a imprensa brasileira e mundial. O número de jornalistas só aumenta e o número de jogadores permanence o mesmo”, observa Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF. Regras mais rígidas não significam menos acesso a treinos e à comissão técnica e jogadores, garante a CBF. A rotina será basicamente a mesma adotada nos últimos anos. Entrevistas coletivas diárias com dois jogadores, depois do almoço, treinos abertos, com exceção de 2 ainda não confirmados, e janela para entrevistas exclusivas em dias de folgas. Tudo já devidamente aprovado por Felipão e Carlos Alberto Parreira. Diferentemente da postura de Dunga durante a Copa da África, em 2010, Felipão manterá todos os canais abertos, dentro das circunstâncias de alta demanda da seleção. “Mas cobrará responsabilidades”, frisa Rodrigo Paiva.
Texto do blog Antonio Prada