quinta-feira, 9 de maio de 2013

Gilmar o técnico paizão. Matéria do Diário Catarinense.


O técnico Gilmar Dal Pozzo tem no seu estilo de trabalho um dos segredos do sucesso da Chapecoense no atual Campeonato Catarinense. Preocupado com seus comandados, atento a todos os detalhes e problemas, o comandante do Verdão do Oeste conquistou a confiança do grupo graças ao seu jeitão Paizão. Gilmar busca sempre estar perto dos atletas e com isto ganha o apoio de todos. 


O atacante Rodrigo Gral, que passa por problemas pessoais que podem antecipar o encerramento da sua carreira, buscou conselhos do treinador para encontrar um caminho e a decisão correta sobre seu futuro. 

Rafael Lima lembra que, quando o grupo foi questionado pela queda de rendimento. no segundo turno, Dal Pozzo defendeu os jogadores e mostrou confiança neles. 

O treinador realmente faz o estilo família, pois considera que ela é base para o sucesso na carreira. Natural de Quilombo, no Oeste Catarinense, migrou ainda criança para o Rio Grande do Sul, onde foi goleiro em vários clubes, sendo Campeão Gaúcho em 2000, pelo Caxias. Jogou também no Avaí, em 2004/2005. 

Em 2008, iniciou a carreira de treinador, no Veranópolis. No mesmo ano transferiu-se para o Pelotas, onde conquistou a Copa RS. 

Mas foi na Chapecoense, onde chegou em setembro do ano passado, que vive seu melhor momento. Além de ter conquistado o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro, venceu o primeiro turno do Catarinense e agora levou seu time para a final. 

Na última terça-feira, numa pausa da preparação para a primeira final do Estadual, Gilmar Dal Pozzo atendeu ao Diário Catarinense para uma entrevista exclusiva. Confira o que ele falou. 

Gilmar Dal Pozzo 
TÉCNICO DA CHAPECOENSE 

Diário Catarinense — Você tem duas filhas, certo? 
Gilmar Dal Pozzo — Sim, a Letícia, 13 anos, e a Daniela, 18 anos. 

DC — Mas, conversando com os jogadores, parece que você tem filhos também no grupo da Chapecoense? 
Dal Pozzo — O segredo de um treinador é as relações humanas. Tem que saber ser o líder. Saber dar o braço amigo. Também tem o momento da cobrança mais forte. Tento tratar os jogadores como trato minhas filhas. 

DC — Quais os métodos que você implantou na Chapecoense para atingir resultados tão positivos? 
Dal Pozzo — Uma mentalidade de vencedor. O treinador tem que ter essa mentalidade. 

DC — Você sentiu um desgaste no segundo turno em virtude da queda de rendimento? 
Dal Pozzo — Não porque havia um planejamento, uma logística. No final do segundo turno tivemos a virada contra o Camboriú e estamos seis jogos sem perder. 

DC — Quais os fatores que levaram a Chapecoense a superar o Figueirense nas semifinais? 
Dal Pozzo — O respeito ao adversário, saber que o mata-mata era um campeonato diferente, que não poderíamos errar. No primeiro jogo ficamos 30 minutos com um jogador a menos e em casa tivemos uma partida excepcional, com pegada forte. 

DC — Mesmo com o gol contra o time não se abalou e conseguiu fazer o segundo. 
Dal Pozzo — O time se preparou e se condicionou bem. Eu digo para eles: tira o resultado de lado e de o teu melhor. 

DC — Como você está conciliando a questão de reforços para a Série B e as finais do Catarinense? 
Dal Pozzo — Fizemos um planejamento há 40 ou 50 dias, montamos uma lista e eu converso sobre isso só no início da semana. Depois me concentro no treinamento. 

DC — Como a Chapecoense, que tem a melhor defesa, vai enfrentar o melhor ataque da competição? 
Dal Pozzo — Não podemos mudar nossa característica de jogar. Temos que fazer bons jogos, atuar intensamente e cuidar a origem das jogadas. Se o Criciúma tem o melhor ataque é porque alguém está alimentando. Ele tem volantes que fazem isso, o Helton e também o Amaral, e dois bons laterais, o Sueliton e o Marlon. 

DC — Como é estar na final do Catarinense? 
Dal Pozzo — É um momento especial. Todo profissional quer viver isso.

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