quinta-feira, 23 de maio de 2019

Trocando ideia. Futebol feminino

O futebol meus amigos, sempre foi muito masculino. Lá no início de tudo nem se pensava em mulheres praticando o esporte bretão, como era conhecido no inicio. O tempo passou e hoje o futebol feminino é uma realidade, talvez não para todas, e em todos os locais, mas vem ganhando força nestes últimos anos. Estamos às vésperas do mundial feminino, e os jogos vão ser transmitidos pela tv para todo o brasil. Preste atenção meu amigo, o futebol feminino era proibido por decreto-lei no Brasil. Depois dos anos que passou na "ilegalidade", ou seja, proibido por lei segundo o decreto 3.199 de 14 de abril de 1941 – que seguiu até 1983 – assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, o futebol feminino começa a se estabelecer no inicio da década de 80. O caminho foi longo até a modalidade ser oficialmente reconhecida, mas foi também no fim dessa década que a Fifa voltou sua atenção para o futebol delas e passou a organizar uma Copa do Mundo também para as mulheres. Este ano, na França, vai acontecer a oitava edição do Mundial e o Brasil segue na luta pela tão sonhada taça. O caminho mais fácil, talvez, fosse desviar. Mudar o rumo. Procurar outra paixão, outro ofício. No futebol brasileiro, falar do início da prática profissional por mulheres é falar de uma história de resistência. De jogadoras que acreditaram juntas em um sonho quando ninguém mais parecia querer ajudar a tornar realidade. Hoje as mulheres podem jogar futebol, profissionalmente, caminho para poucas, ou de forma amadora, aqui em nossa região mais futsal do que campo. Os salários para as profissionais também ainda anda longe dos salários masculinas, exceto raras exceções, como é o caso de Marta, consagrada mundialmente. O futebol de campo tem muito pouco time disputando competições, aqui no estado Internacional, Grêmio, Estrela, Brasil de Farroupilha, Ijuí, Associação Palestra, Oriente de Canoas, Rio Grande e Associação Esportiva João Emilio participam do estadual, no site da FGF colocadas como futebol amador. Para lembrar, Veranópolis também teve uma experiência com o futebol feminino. Foi em 2003, e neste, e único ano em que o VEC participou, foi onde o Pentacolor conquistou a vice-colocação no estadual. A experiência em 2003 não foi avaliada como boa pela direção da época. A presença feminina no futebol ainda busca uma afirmação no país do futebol. A maior dificuldade é tentar driblar o machismo e o preconceito, que é tão predominante na cultura brasileira. Então amigos, no tal País do Futebol as mulheres jogam com menos, menos salário, menos estrutura e menos público. Jogam não para serem milionárias, porque não serão, não para serem idolatradas, porque também não serão, mas porque amam o esporte, enfrentam o mundo pelo mais puro amor ao futebol. E é também por esse futebol que o Brasil deveria se apaixonar e se orgulhar.

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