sábado, 1 de outubro de 2011

Copa a perigo: entenda os entraves que podem deixar o Beira-Rio fora do Mundial


Desde 24 de junho, a aflição é medida em cimento no Beira-Rio. Enquanto o contrato com o Inter é discutido nos escritórios da Andrade Gutierrez, nenhuma máquina ou operário transita pelo estádio escolhido para sediar a Copa de 2014. A paralisação se transforma em temor e em agitação nos gabinetes. O perigo iminente de perder a Copa das Confederações, em 2013, e especialmente o risco crescente de o estádio colorado ser riscado do mapa do Mundial determinaram um forte movimento político. Até a presidente Dilma Rousseff pressiona a construtora mineira a retomar o quanto antes a reforma. A bola está com a Andrade Gutierrez. Só depende dela, agora, a retomada das obras no Beira-Rio. Os termos do contrato, depois de meses de discussão, foram ajustados. A questão é que os cálculos foram refeitos pela construtora e descortinaram números pouco animadores. Bem diferentes daqueles estimados no início das conversas. O que faz a Andrade Gutierrez buscar parceiros no mercado para bancar a obra. Essa procura retarda a assinatura do contrato e o reinício das obras. E deixa Inter e as cúpulas dos governos estadual e municipal em polvorosa.

– É um negócio espremido, pode até dar lucro. Mas para isso precisará ter, nos 20 anos de contrato, aproveitamento perto de 100% das áreas a serem locadas – explica uma fonte ouvida por ZH, que pediu para não ser identificada.
As áreas citadas acima são os 125 camarotes e sky box, as 5 mil cadeiras VIPs, as 3 mil vagas de estacionamento e os 5,7 mil metros quadrados de lojas. A exploração delas por duas décadas ficará a cargo da construtora. É o pagamento pelo investimento de R$ 264 milhões na reforma do estádio.
Construtora promete fazer a reforma em 15 meses
A empresa minimizou o atraso. Salvaterra teria garantido a execução da obra em 15 meses. Comparou a engenharia para a reforma do estádio com “Lego”. As estruturas seriam todas modulares, produzidas fora do Beira-Rio, em recinto fechado, e instaladas com qualquer clima. Também garantiu dispor de R$ 100 milhões em caixa para a obra – sendo R$ 26 milhões da venda dos Eucaliptos. Estaria em busca de R$ 190 milhões no mercado. No encontro, a Andrade Gutierrez garantiu já atuar na reforma. Cerca de 40 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, contadores e advogados, trabalham visando à reforma do estádio do Inter em uma casa alugada transformada em QG. Na quarta-feira, Luigi passou a tarde reunido com executivos da construtora. O assunto ocupa quase que 24 horas do seu dia. O presidente se desculpa e evita se aprofundar. Diz se tratar de um momento decisivo para assinatura do contrato. O que deve acontecer, segundo pessoas ligadas à direção, antes do sorteio da Copa das Confederações, dia 20, em Zurique.

– A construtora assumiu um compromisso com o Inter de fazer a reforma do estádio para a Copa. E a Fifa sabe quem é a Andrade Gutierrez – limitou-se a comentar Luigi.
Enquanto isso, o Grêmio age. Na sexta-feira à tarde, na sede carioca da Fifa, o diretor da Grêmio Empreendimentos, Ricardo Gothe, e o diretor de marketing do clube, Paulo Cesar Verardi, mostraram ao diretor executivo Jay Neuhaus o estágio da construção da Arena, inscrita para ser Campo Oficial de Treinamentos. Neuhaus aceitou o convite para visitar as obras do novo estádio no final de outubro.
Fonte: ClicRBS

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