terça-feira, 5 de junho de 2012

Jornal O Estafeta: Goleiro: profissão de família


Dizem que goleiro é a posição mais ingrata do futebol e que onde o goleiro pisa não nasce grama. Fosse assim, a família Ramos, de Veranópolis, seria uma das mais azaradas do mundo. Não bastasse Cássio sair de casa aos 14 anos para jogar nas categorias de base do Grêmio, passar por PSV Eindhoven, da Holanda, até chegar à titularidade no Corinthians, o jovem Dudu, 17 anos, resolveu seguir os passos do irmão mais velho. No Esportivo, em Bento Gonçalves, desde o ano passado, o garoto espera sua chance para poder mostrar o mesmo potencial.

                Além da família e da profissão, há outras situações dentro do mundo do futebol que aproximam Dudu de Cássio. Jovem para a posição, o goleiro do Esportivo sabe que terá de esperar por uma oportunidade em jogos oficiais. Mais recentemente, quando chegou ao Corinthians, no início do ano, o goleiro de 24 anos precisou correr atrás dos “pratas da casa” Julio César e Danilo e ganhar a confiança de Tite para conquistar a camisa 1. “Conversamos diariamente por celular. Ele fala sempre que é preciso estar preparado para tudo. Que quando surgir a oportunidade, como surgiu para ele, é preciso agarrar com as duas mãos”, conta Dudu.
                Orgulhoso, Dudu compartilha todas as matérias que tecem elogios ao irmão mais velho. O caçula vê em Cássio tranquilidade para administrar o assédio e a pressão, que cresceram exponencialmente depois que o goleiro do Corinthians desviou para fora o chute de Diego Souza na partida de quartas de final da Libertadores, contra o Vasco da Gama. “Ele era um pouco nervoso, normal de goleiro. Mas depois que foi para o exterior, ganhou experiência e aprendeu a lidar com esse tipo de situação”, descreve.
                O terceiro goleiro do Esportivo ainda encontra apoio na experiência do titular Fabiano, do reserva Adílson e do preparador de goleiros do clube, Márcio Quevedo. “O Dudu é jovem ainda. Tem evoluído sua técnica a cada treino. Hoje, tenho certeza que com qualquer um dos três goleiros o Esportivo estaria bem servido na posição”, revela Quevedo.
Com informações do repórter Alexandre Brusa, do Jornal Serra Nossa, de Bento Gonçalves.
Fonte: Jornal O Estafeta/Veranópolis

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar.

Adenor Bachi, o Tite, voltou ao ADF